A crescente, desenfreada e desorganizada ocupação humana dos ambientes marinhos, lagunares e ribeirinhos, somada ao forte incremento das atividades esportivas e de lazer ligadas à água, são os principais fatores que conduzem aos problemas que hoje enfrentamos. Acidentes aquáticos, afogamentos, degradação e poluição estão entre eles. Dados alarmantes levantados recentemente comprovam ser oportuno e urgente tratar desses temas:

AFOGAMENTO: anualmente morrem afogadas 495.463 pessoas no mundo (uma a cada minuto) e 6.500 pessoas no Brasil (18 pessoas/dia). O Brasil é o país com o maior número de salvamentos aquáticos em todo mundo (estimativa de 160.000/ano), acarretando em 30 pessoas internadas em hospitais a cada hora. O afogamento é a 2a causa de morte entre 1 e 9 anos de idade e 2ª causa entre 10 e 19 anos ou seja, nossas crianças são, infelizmente, as maiores vítimas desta situação (dados da OMS e SUS – 2011).

POLUIÇÃO: a poluição das águas já atingiu 50% dos rios do Planeta, o que contribui para a morte de 15 milhões de crianças por ano. Em nosso Planeta, 20% da população não têm acesso à água potável. Em 2030 a carência de água afetará 2/3 da população mundial.

INUNDAÇÕES: A despeito das opiniões acadêmicas que discutem o aquecimento global e suas implicações, é inegável a intensificação dos eventos hidrológicos extremos no planeta. Fenômenos climáticos extraordinários e cada dia mais recorrentes, impactam comunidades vulneráveis que sofrem danos e perdas continuamente, sem que aparentemente, algo esteja sendo feito no sentido de aumentar a resiliência destas comunidades a estes fenômenos. Na verdade, tal preparação passa por um sem número de atitudes e providências, que muito mais que meras ações de respostas e mitigação aos desastres, deveriam fazer parte de uma agenda governamental de políticas públicas que dentre outras iniciativas, enfrentassem de maneira séria a questão do ordenamento territorial, com base na elaboração de mapas de risco de inundações e escorregamento, desastres mais recorrentes em nosso país.

DEGRADAÇÃO: 69% das principais espécies de peixes comerciais estão com seus estoques naturais escasseando. Onze das quinze maiores áreas de pesca do mundo estão em declínio acentuado.

Em 1995, um grupo de profissionais médicos, guarda-vidas e outros profissionais atuantes na área aquática fundaram a SOBRASA, uma entidade sem fins lucrativos, que atua como órgão de convergência na prevenção de afogamentos e incidentes, em atividades de esporte, lazer e trabalho na área aquática. Em seu quadro de 32 diretores e 24 consultores possui especialistas brasileiros com presença em 24 estados da federação (RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, AL, PE, CE, BA, SE, PB, RN, MA, AC, PA, AP, TO, RO, DF, GO, MT, MS) e com grande atuação internacional, representando nosso país, através da “International Lifesaving Federation” (ILSF) em mais de 25 vezes. Nossas realizações podem ser visualizadas clicando aqui

Com o propósito de melhorar o conhecimento, a integração entre as diversas entidades amadoras e profissionais que lidam com emergências aquáticas e reduzir o número de incidentes aquáticos e o impacto danoso de nossas atividades ao meio ambiente em nosso país, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA – têm a honra de convida-lo a participar deste importante evento que ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro durante a realização da PREVENRIO, no Centro de convenções Sulamérica.