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Bombeiros divulgam dados de crianças perdidas e afogamentos nas praias

Primeira Edição, Agência Alagoas:
15/08/2014 15:44A

As praias são, definitivamente, as principais atrações turísticas de Alagoas. Visitantes e residentes disputam os melhores lugares para aproveitar o sol e o mar. Contudo, não é exagero afirmar que um dia tranquilo de lazer pode acabar em tragédia se não forem respeitadas as sinalizações de segurança e as orientações de comportamento no mar. O Grupamento de Salvamento Aquático (GSA) do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas registrou, de janeiro a dezembro de 2013, 385 ocorrências no litoral de Maceió e Marechal Deodoro.

Do começo do ano até agora, já foram registradas 227 ocorrências. De acordo com dados do Grupamento, o maior número de ocorrências está relacionado aos afogamentos, sendo 307 casos registrados em 2013. Espera-se uma diminuição no número de afogados desse ano, que registra até agora, 161 casos.

Entre as causas mais comuns de afogamento estão a ingestão de bebidas alcoólicas, crises convulsivas, traumatismos, doenças cardíacas ou pulmonares e acidentes de mergulho.

Para o sargento Gutemberg Batista de Morais, integrante do Grupamento de Salvamento Aquático, muitos dos acidentes no mar acontecem por imprudência. “A pessoa tem excesso de confiança quanto às suas habilidades de natação, por exemplo. Às vezes, nadando de um barco a outro, ao tentar se desafiar, ela se cansa ou tem câimbras e acaba sofrendo o acidente”, explica o militar.

PRAIA DO FRANCÊS

Os guarda-vidas atuam diariamente, das 8h às 17h, nos postos Jatiúca, Mirante da Sereia e Praia do Francês, estendendo suas atividades para os postos Guaxuma e Barra Nova nos finais de semana. É no Francês onde acontece a maior parte das ocorrências. De junho a dezembro do ano passado, 84,4% de todos os casos foram registrados nesta praia, que é tida como favorita entre turistas e surfistas.

O Posto do Mirante da Sereia registrou, no mesmo período, 9,6% das ocorrências, seguido pelo Posto Jatiúca, com 4,8%, e os Postos de Guaxuma e Barra Nova, com menos de 1% cada.

CRIANÇAS PERDIDAS

É maior do que se imagina o número de crianças que se perdem dos pais em meio à multidão que ocupa as areias. Basta um minuto de desatenção para perder uma criança de vista, especialmente em lugares com muito movimento. Em 2013, foram 32 casos de crianças perdidas atendidas pelos postos de guarda-vidas. Em 2014, já foram registrados 42 casos, que representam um aumento de 31%, faltando mais de quatro meses para o fim do ano.

A criança não possui senso de direção apurado como o adulto, por isso é importante mostrar-lhe algum ponto de referência marcante como um edifício, um bar, uma praça, ou qualquer lugar que seja de fácil visualização. O perigo é ainda maior no caso de crianças muito pequenas, pois aumentam as chances de acidente, visto que elas podem se afogar mesmo em áreas rasas.

PREVENÇÃO

O Corpo de Bombeiros busca atuar também de forma preventiva. Os guarda-vidas fazem rondas abordando os banhistas para mostrar os locais mais seguros para mergulhar. Somente em 2013 foram realizadas 30.625 ações de prevenção, enquanto que este ano já foram realizadas 40.808 ações.

Os guarda-vidas também distribuem pulseiras de identificação com espaço para preenchimento de nome, telefone e endereço e fornecem orientações de segurança para evitar que os pais percam seus filhos na praia.

COMO AGIR EM AFOGAMENTOS

A primeira reação de uma pessoa que vê outra se afogando é entrar na água para ajudar. No entanto, é possível que ela se torne outra vítima e complique ainda mais a situação. O conselho dos Bombeiros é que só nadadores experientes, que conhecem a praia e nadam com frequência, devem tentar ajudar. Os surfistas têm mais facilidade em auxiliar usando a prancha, que serve como uma boia.

Porém, o ideal é que o Corpo de Bombeiros seja acionado pelo telefone 193 ou diretamente em algum posto de guarda-vidas, pois além de possuir equipamentos adequados, os militares estão capacitados para resgatar a vítima com segurança.

As manobras de primeiros socorros também devem ser realizadas por pessoal capacitado. “Às vezes, um procedimento errado pode piorar a situação da vítima. Se a pessoa não tem capacidade técnica em primeiros socorros, é melhor chamar o Corpo de Bombeiros”, explica o tenente Gilson Santos de Melo. “É comum casos de hipotermia em situações de afogamento, por isso aquecer a vítima com um cobertor ou uma toalha pode ajudar bastante enquanto se espera a chegada de socorro”, conclui o oficial.

EQUIPAMENTOS
O Corpo de Bombeiros tem investido na aquisição de novos equipamentos em todas as áreas de atuação: incêndio, busca e salvamento, atendimento pré-hospitalar e salvamento aquático. Só no que compete ao serviço dos guarda-vidas foram adquiridos botes infláveis para enchente; flutuadores “rescue tube”; nadadeiras; roupas de mergulho neoprene; computadores de mergulho, binóculos de longo alcance; protetores solares; óculos de sol; coberturas; apitos; motores de 40HP e 60HP; Máscaras fullface de mergulho; carretilhas e rádios comunicadores de superfície.

“De quando ingressei na corporação para nosso momento atual, percebo que o Corpo de Bombeiros deu um salto na qualidade do atendimento de salvamento aquático. A Taxa de Bombeiros foi imprescindível na aquisição de novos equipamentos”, destacou o tenente Gilson.

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Dr David Szpilman

Dr David Szpilman - Sócio Fundador, Ex-Presidente, Ex-Diretor Médico e atual Secretário-Geral da SOBRASA; Ten Cel Médico RR do CBMERJ; Médico do Município do Rio de Janeiro; Membro do Conselho Médico e Prevenção da International Lifesaving Federation - ILS; Membro da Câmara Técnica de Medicina Desportiva do CREMERJ. www.szpilman.com