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História do Salvamento Aquático no Brasil |
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David Szpilman |
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O Rio de Janeiro é uma cidade moderna, privilegiada por belezas naturais incomparáveis, nas quais se destacam suas praias, que favorecidas por clima de natureza tropical funcionam como a principal fonte de lazer e atração turística, determinando um fluxo permanente e intenso de banhistas de todo o mundo durante o ano inteiro. Entretanto, as belezas de seu litoral na maioria das vezes escondem que suas praias, com ondas e correntezas fortes, podem tornar-se potencialmente perigosas com risco de afogamentos. Estas características tornaram a cidade do Rio de Janeiro uma das regiões com maior índice desta forma de acidente no país. Sensível a esta realidade, em 1914, o Comodoro Wilbert E. Longfellow fundou na cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, o Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha Americana. Nesta época, o objetivo era o de organizar e treinar Guarda-Vidas voluntários, que atuariam em postos de salvamento, não apenas no Rio de Janeiro mas por todo país, supervisionando praias desguarnecidas. |
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Sentindo a ineficiência de tal estratégia, adotou uma campanha a nível nacional, cujo slogan foi: "Toda Pessoa deve saber nadar e todo nadador deve saber salvar vidas", na tentativa de despertar a população para o problema da segurança nas praias de todo o Brasil. "Each person should know how to swim and each swimmer should know how to save lives." O Corpo Auxiliar de Salvamento (CAS) teve suas raízes no Serviço de Salvamento da Cruz Vermelha, criado pelo Decreto nº 1143 do Prefeito Amaro Cavalcante, em 10 de maio de 1917, funcionando no Dispensário da praia de Copacabana. Em 1939, o Dispensário de Copacabana foi transformado
no Posto de Salvamento Ismael de Gusmão, em homenagem
ao seu organizador. Naquele tempo foram construídas
18 torres fixas de salvamento ao longo da costa da
Cidade do Rio de Janeiro. Um total de 120 guarda-vidas
trabalhava nas praias com o auxílio de barcos motorizados,
ambulâncias, carros para transporte e uma equipe médica
equipada com o que havia de mais moderno em tecnologia
de ressuscitação.
Em Março de 1961 este posto de Salvamento foi subordinado ao Departamento de Assistência Hospitalar do S.A.A, passando em agosto deste mesmo ano à responsabilidade do Departamento de Segurança Pública. O crescimento demográfico explosivo, a intensa emigração para a cidade do Rio de Janeiro e a melhoria das condições de vida da população a partir dos anos cinqüenta, provocaram um aumento do contato do homem com o mar, alertando as autoridades da época para a necessidade da criação de um serviço de salvamento e resgate especializado em acidentes aquáticos. Criou-se, então, em 1963, o Corpo Marítimo de Salvamento - Salvamar, subordinado à Secretaria de Segurança Pública, que iniciou suas atividades com um grupo pequeno de amadores recrutado entre pessoas com afinidade e experiência para este tipo de socorro na praia. Em 1967, foi aprovado e criado dentro da estrutura da Secretaria de Segurança Pública, o Centro de Instrução de Salvamento e Formação de Guarda-Vidas. Do total de 60 praias, apenas 27 eram guarnecidas pelo serviço de salvamento utilizando 40 torres e 200 salva-vidas. Neste ano foram realizados 4.032 resgates na orla com apenas 17 óbitos. |
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Estado do Paraná
Estado do Rio Grande do Sul
Estado de São Paulo
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